Hoje guardei suas cartas na caixa de coisas esquecidas. E relutei por guardá-las com as dele, que apesar de passadas, são verdadeiras. Remexendo no baú de coisas mortas e escritas, me dei conta: você não valeu um verso triste, uma carta de ódio, uma prosa de madrugada mal dormida. Você não preencheu uma linha de toda a minha grande história registrada em orelhas de cadernos, guardanapos e rascunhos de e-mail. Não tem um poema sequer com o seu rosto ou descrevendo as suas mãos.
Não escrevi uma palavra feliz ao te encontrar. Não chorei em cima de nenhuma página quando você resolveu, assim, inesperada e abruptamente, partir e não mais existir.
E, nessas linhas que escrevo só pra você (que não vale nenhuma delas), quero deixar claro, mas bem claro... que nunca te escrevi.
6.12.09
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7 comentários:
Me lembrou MUITO uma música foda da Maria Rita: http://www.youtube.com/watch?v=S1LtIULGGDM
"...E depois enxergar que é uma pena, mas vc não vale à pena. Não vale uma fisgada dessa dor. Não cabe como rima de um poema, de tão pequeno..."
então pq escreveu? =P (cutucar é o que há!)
Ai, ai, ai, Gui! rs. Mas essa é a idéia, você meio que captou. Ao escrever pra dizer que não escrevi, acabo escrevendo... entende? rs. =P
Gostei.
Deixa claro que nunca escreveu quando você, na verdade, acabou de escrever.
ah ta...escrevendo, o que escreveste, n tendo escrito, escreve pela escrita, o que não escreveste mesmo tendo escrito! tranquilo... agora sim!
Aí, amor! Entendeu!
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