24.9.14
umidade relativa do ar.
acredito no poder da tempestade
e tenho poucos tons de cinza
entre o branco e o preto
das entrelinhas da minha língua
gosto de confusões pontuadas
da gota estalando na poça
do quebranto da superfície
plana e chata, que passa
quero as ondas desuniformes
que se formam no centro d'água
enquanto a boca treme
mareia no instante da mágoa
espero que esbarrem na mesa
pra derrubar o copo e a taça
enquanto acordo mais cedo
só pra destruir a tua casa
vou riscar suas certezas exatas
que escrevi mesmo à lápis
não gosto de apagar, da borracha
alguns erros me fazem feliz
gosto de tudo sem quase
da levada, da letra, da dança
está debaixo da pele, é grave
espero a resposta à distância
[cheiro de grama molhada acalma o coração]
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