ou ela. ela é outra peça de tudo o que hoje me enfraquece e eu nem sabia que existia. uma poça de lama reluzente que te hipnotiza cada vez que você chega perto. foram duas vezes que eu vi o encanto acontecer. meus dois anoiteceres diurnos. no que achei que era meu, foi lá e fez igual. ou melhor, ou pior. não sei, não entendo do assunto de vocês. sei que você quando elogiou meu colar, tinha lembrado de outro e tudo isso tira o valor de um segundo por segundo. acho que vou desachando tudo que achei em ladrilhos na frente da igrejinha quando falamos de eternidades absurdas.
o que fui lá, não sou aqui. quando fui outra, voltei na estrada sonhando contornos de romance adolescente. macabéa que sai da cartomante. a vida-hoje desenhada esvaindo em cada linha trocada, em cada lembrança de presença acompanhada. essa é a vez da palavra difícil. felicidade antes do atropelamento. vou gastar meus segundos devagar. aqui jaz minha efeméride.
[2015] a efemeridade do amor líquido.
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