23.9.14

das variantes inevitáveis.

tenho uma série de perguntas enfileiradas pra te fazer. elas estão na minha garganta queimando a largada. é uma depois da outra e todas depois daquela segunda-feira. aliás, por que a segunda-feira? aqui está a primeira. o domingo é muito bom para fins, acredito eu. acredito principalmente na verdade e achei que isso te habitasse de alguma forma. que isso estivesse presente na mensagem sem assunto. hoje entendo por que meus pés balançavam nervosamente todos os segundos ao seu lado: eles já sabiam que não era o lugar certo. senti sempre aqui, entre o diafragma e o pulmão, que dois pés atrás eram posição inicial padrão com você. assim declarei tantas vezes - porque precisava me convencer a seu despeito. fechei as frestas da maneira que pude e segurei tudo no colo direitinho. no domingo do fim, algumas coisas me escaparam e achei que não importaria porque eu estava ali na porta indo embora. e aí a segunda-feira.

por que uma segunda-feira se não tem mais domingo?

fique sabendo que aquele domingo doeria uma dorzinha de sapato apertado. uma semana, duas? só.
e que agora foi outro tipo de ferida.
qual será essa distância entre o despertar insuportável com-barulhos-sem-mim e o silêncio?
pra ajudar seu analista: daqui não tem desculpa.




deixa pra depois
o que já não precisa mais deixar
mudando as mesmas coisas de lugar
a certa coisa certa a se fazer
e diz que só queria descansar
de quem a gente mesmo escolheu ser
sem querer, é sempre sem querer

então, taí
nosso refrão, taí
sem graça.

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