16.5.12

Monostrófico estrambótico.

(Se fosse um soneto).

Os teus silêncios cegam
Enchem de vazio palavras de depois
Enchem de dúvidas e passos
Enchem de vontade de nada
Aparam aquelas arestas passionais
Sentimento arisco se esconde no concreto
Dos muros que guardam as horas insones
Da insônia dos olhos de chumbo pregado
Dos cílios e de sua umidade secreta
Guardada nos tais muros distantes
A salvo da voz que não chama
E por não chamar já proclama
Não perecer, não pertencer

Please, don’t be long,
Please, don’t you be very long,
Please, don’t belong

1 comentários:

Aline Falcone disse...

Belo, belo...
Mas cinza...